Eu! Eu? Eu...

Em frente ao espelho, fujo do reflexo...
Fecho meus olhos, penso nele, no que vou ver ali... penso em quem sou, em como pareço, no que me tornarei... vejo os defeitos que sei ter e as qualidades que anseio por mostrar... Relembro tudo o que vivi e que ainda viverei...

Em frente ao espelho, abro meu olhos...

Quem é esse reflexo?! Essa imagem não é minha...!
Sou mais jovem, sou mais viva, mais amada e mais feliz...
Esta do espelho parece acabada, vazia, parece sem cor, sem sabor... somente dor...
Não, esta não sou eu...

Você passa, te pego o braço e ordeno:
“Olha para mim, o que você vê?!”

Oh não!! Uma terceira opinião!!! E essa, das anteriores, tão diversa!!

Três de mim?! Tão opostas em sua essência... ?!
Qual é a real?! A que você crê?! A que eu vejo?! Ou a que eu desejo?!

(Ouvindo: Vozes, máquinas,carros, buzinas...)

Inevitável

Voltar as costas pro inevitável pode ser tão tremendamente confortante. Até o dia que ele bate de frente, te segura pelos ombros, te olha nos olhos e pergunta até onde você pretende virar as costas. E você descobre que talvez precise de um tempo para responder à pergunta. Ou responde que não é surdo e, portanto, que ele pode parar de gritar...

(Ouvindo: Manitu - Indiferente)

Vamos?

Eu queria uma estrada
Sem curvas
Sem esquinas
Com sombra e sol
Na medida certa

Eu queria um rumo certo
Um lugar para chegar
Uma certeza
Por pequena que fosse

E você?
O que você quer?


(Ouvindo: Razão e emoção em guerra...)

Cores

"eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome...cores de Almodovar cores de Frida Kahlo, cores..."

cores...vermelhos, verdes, azuis, amarelos, brancos... tantas, tão variadas...

(Ouvindo: o telefone tocando)